Chegada do Café ao Brasil 500
Quando pensamos na plantação de café em terras brasileiras, logo nos vem à mente a República Velha com sua política do Café com Leite (1898-1930) e sua monocultura em São Paulo, mas a chegada dos nossos amados pés de café se deu antes disso.
Os primeiros registros na história datam do ano de 575 d.C. no Yêmen, mas ele chegou nas Américas pelos colonizadores europeus, como Holanda e França. Com o crescente mercado consumidor europeu houve uma expansão do plantio em países africanos e ao Novo Mundo. Os primeiros das Américas a iniciar o plantio foram Suriname, São Domingos, Cuba, Porto Rico e Guianas.
Em 1727 o Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta, a pedido do governador do Maranhão e Grão Pará, foi enviado em missão às Guianas. Naquela época era proibida a saída de sementes e mudas de café das Guianas (Francesa e Inglesa), mas o sargento se aproximou da esposa do governador de Caiena, capital da Guiana Francesa. Madame dáOvilliers doou mais do que sua amizade ao sargento.
Se você está pensando em romances extraconjugais, pode ser que você esteja correto, mas me refiro às primeiras mudas plantadas aqui no Brasil.
O sargento voltou ao Pará com as mudas de café arábica, mas como bem sabemos não foi em terreno amazônico que o café enraizou. Foi em 1781 que o café chegou ao solo da capital do Brasil da época, Rio de Janeiro. Até sua chegada à capital as mudas fizeram paradas em locais como Maranhão, Bahia e até Minas Gerais, mas foi pelo Vale do Paraíba que o café encontrou com São Paulo. A partir daí e com a diminuição da importância da mineração em Minas Gerais, era iniciado o Ciclo do Café no Brasil, com o crescimento do poder econômico e político dos que viriam a ser conhecidos como ‘Barões do Café’, inaugurando, então, a política do Café com Leite. Nos tornamos o maior produtor de café do mundo e mantemos esse título até hoje.
O Café hoje!
Nos dias de hoje somos responsáveis por 30% da produção mundial, que em volume equivale à soma dos outros seis países com maior produção. Somos também o segundo maior consumidor de café, só perdendo para os Estados Unidos. Temos uma produção de café arábica, que é o tipo mais produzido no mundo, concentrada nos estados da Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e parte do Espírito Santo. Já a de robusta, também muito conhecido como conilon, no Espírito Santo e Rondônia.
Cada região, graças à diversidade de clima e solo, produz cafés com diferentes características, mais adocicados, ácidos, frutados ou amendoados, proporcionando sensações e sabores peculiares na xícara. Ficou curioso para experimentar essas diferenças?
Na loja do Barista nós temos opções de cafés especiais regionais selecionados em grãos, moídos ou em cápsulas compatíveis com Nespresso. É só correr lá e descobrir, na prática, a diferença de cada sabor e aroma que um café especial pode te proporcionar.
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